sexta-feira, 28 de setembro de 2018

WOLVERINE

WOLVERINE


EU SOU WOLVERINE...É EU SOU O MELHOR NO QUE FAÇO, MAS O QUE EU FAÇO DE MELHOR NÃO É NADA AGRADÁVEL... Ninguém conhece o meu passado.
 Não vou contar a história da minha vida. Isso é papo-furado, coisa de velho. O que você quer saber? Eu sou livre, enquanto você é prisioneiro. Sou um rebelde. Minha vida é o desejo de luta em meu espírito. Gosto de encarar, de desafiar...Pode ser homem, animal,qualquer coisa! Você tá me sacando? Desde que eu ganhei as minhas garras, só penso nisso. É o barato rasgar...estraçalhar... Regras? Leis? Viver em sociedade? Comportamento? Todo esse lixo não foi feito para mim! Vai se lascar! Eu quero ser eu mesmo! Sou movido pelo instinto, quase como um animal... 













A maior paixão da minha vida é Mariko. Não sei explicar o que eu vi nela. Só sei que ela é o meu contrário...e isso me atrai! Você pode me achar careta, mas eu sou capaz de dar a minha vida por ela! Eu gosto do japão...o Japão de Mariko. É uma terra que transmite paz pro meu espírito inquieto. A ordem emerge do caos. Tô muito bagunçado. Eu me sinto atraído por essa cultura tão diferente da que já conheço, principalmente porque não me sinto preso a nada.... É claro que não vou deixar de ser o que sempre fui. Eu sou um guerreiro! Pra mim, qualquer pessoa, mesmo calada, já tá errada! É isso aí, xará...Comigo não tem acordo! Você tá me sacando? Tudo o que importa é a luta e o meu desejo de vencer. Nunca penso na derrota. Se o demônio existe, eu quero ver a cara dele! Wolverine - Texto de 14/ 07/1987
WOLVERINE do GIBI
WOLVERINE do AMAZONAS

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WOLVERINE do AMAZONAS

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WOLVERINE do AMAZONAS

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Por trás da fantasia – Problema no mundo cosplay


Por trás da fantasia – Problema no mundo cosplay



Como continuação do outro post, o de hoje é uma problemática ao que cosplayers presenciam diariamente nos eventos.

Como dito anteriormente, os eventos de animes e mangás se transformaram no principal espaço para os praticantes do cosplay, sendo muitas vezes considerados como o paraíso para os mesmos. Afinal, existe lugar melhor para um cosplayer do que um evento em que você pode ser quem você quiser? Um momento em que você pode ser aquele super-herói, um grande vilão ou até mesmo um monstro devorador de pessoas?
É assim que eu, que escrevo este texto, e muitos amigos e amigas que tenho nos sentimos. O evento se tornou um local especial, único, um local essencial para nossa vida. Conheci diversas pessoas que hoje considero grandes amigos, muitos deles de outros estados, que tive a sorte de conhecer por grupos por redes sociais, tais como Facebook e o extinto Orkut.




Lá posso ser apenas eu, sem qualquer vergonha ou receio, posso ser a personagem que mais gosto junto de meus amigos e ter horas e mais horas de pura diversão. É uma sensação única, de envolvimento, de liberdade. São momentos que me sinto em outro universo, que sou chamado não pelo meu nome, e sim, pela personagem que estou vivendo. Eu sou Amy, uma sobrevivente que foi criada e devota pelos deuses de Xênia de um mundo chamado Ernas, uma dançarina que se transformou na domadora da mitológica caixa de Pandora. Sou Terra, uma jovem heroína com o poder de manipular o elemento que cerca nossos pés. Sou Neji, um ninja com habilidades oculares, que luta para a liberdade da família secundária de seu clã, que é inferiorizada pela casa principal. Também sou Eric, Fênix, e Sakura. Posso ser, posso viver como cada um deles, basta apenas deixar a magia acontecer.















Mas nem tudo é um mar de rosas, infelizmente, o nosso espaço sagrado está entrando em colapso. Os problemas do mundo fora portões está cada vez mais presente dentro do nosso reino de liberdade. Pessoas sendo descriminadas, ridicularizadas por estarem acima do peso, por sua orientação sexual, pela cor de sua pele.
Não importa suas horas de trabalho árduo e noites mal dormidas para finalizar seu projeto com perfeição, não importa o quão perfeita seja sua interpretação, sempre terá alguém que vai apontar o dedo para você e te inferiorizar por algo que você é. Isso ocorre todos os dias, com uma parcela colossal de pessoas, seja dentro do evento ou pela internet. O pior é quando você passa a acreditar no que essas pessoas dizem, quando você deixa de acreditar em si mesmo e no seu trabalho, e passa a se sentir um lixo de ser humano, alguém que precise ser erradicado da face da Terra.

“Sempre dizem “não de importância para esses comentários”, mas é impossível ignorar certas críticas e ofensas. Você passa meses montando seu cosplay, super ansioso para o resultado e quando finalmente está tudo pronto vem um e diz “Você é gorda demais para fazer a personagem! ”ou “tal coisa não está igual…” E daí para pior, lembrando que a maioria das garotas sofrem com comentários relacionados aos seios (o que é muito deprimente). Eu particularmente fico muito chateada e as vezes já pensei em desistir disso tudo mas existem aquelas pessoas que nos colocam pra cima. Um hobby cheio de regras impostas pela sociedade, até quando?” – Karolina Reis, 18.

Gorda, anã, giganta, viado, sapatão, puta , bichinha, macaco. Isso não passa de ser uma pequena parcela da podridão que se esconde atrás desse mundo de fantasia. Mulheres são assediadas, tem suas partes tocadas apenas porque acharam que mereciam ser. Cosplayers tem suas peças quebradas, rasgadas, porque alguém achou que ele/ela não merecia estar lá.

 “O maior problema que já passei foi quando eu descobri que existe um julgamento muito diferente quando é um cosplayer que vai comentar em fotos de outros cosplayers e quando uma pessoa aleatória o faz. […] O cosplayer sabe o quanto tal parte da sua roupa pode ter sido difícil de fazer, já as pessoas de fora nunca perdoam… eles geralmente acreditam que se existe uma falha foi por total descaso do cosplayer […] foi quando fizemos nosso grupo de Grand Chase em 2012. Quando uma das páginas grandes do jogo divulgou as fotos do evento foi um caos de centenas de comentários ofensivos para os membros do grupo enquanto os cosplayers que passavam por lá tentavam nos defender e explicar o quão difícil e detalhado era um cosplay, e que ninguém tem que falar que está ruim só porque não atendeu a sua ideia do personagem. […] Essa é uma atitude que precisa ser mudada imediatamente.” – Aline Hirata, 19.

               Dentro dessa luta extensa temos pessoas que praticam o cosplay de uma forma mais política ainda. Pessoas que dizem basta para a repressão. São os cosplayers que fazem crossplay e gender bender.
O primeiro é o termo quando o cosplay é de um personagem do sexo oposto e você segue fielmente. Ou seja, uma pessoa decide fazer o cosplay de um personagem do sexo oposto, e com isso, faz o uso de maquiagem e qualquer outro adereço para simular o corpo e feições do outro sexo. Também temos o gender bender, que é o termo utilizado quando uma pessoa também decide fazer o cosplay de um personagem do sexo oposto, mas, invés de se adaptar para o personagem, ela o adapta para ela. Ou seja, transforma o personagem para o sexo oposto.

 […] vc ta ali , lindo e foda, as meninas gritam quando te veem, os moleques piram , ai vc abre a boca “Aaah vc é menina!” e ai vc todo sem jeito e mal tem q soltar essa “Não, eu sou um pre-transhomem…  ” ai as mina te olha com repúdio e os moleques crescem os olhos… Dai ce vai no camarim com o pensamento “se eu for no feminino, vou brisar nas mina, se eu for no masculino, os moleques vão querer mexer comigo, msm eu tendo mais pegada q eles… ” […] Queria de vdd viver num mundo onde gênero não fosse aplicado, onde moleque pudesse brincar de boneca e menina de carrinho, sem ninguém perturbando a escolha da criança. O mesmo vale pro mundo cosplay, não é pq é menina q tem q fazer cos só de mulher, e nem pq é menino q só tem q fazer cos de homem… […] – Leonardo Angel, 21.
*Cos = cosplay

              Por trás de cada sorriso, de cada olhar de um cosplayer, saiba que não são olhares de alegria, são olhares de esperança. São olhares de luta. Olhares de persistência. Olhares de fé. Fé em um dia que não tenhamos mais que fazer parte de um padrão, que a nossa persistência não seja necessária, de que no futuro, nossa luta tenha acabado porque nossa esperança foi forte o bastante para aguentar tudo e continuar lá, continuar lutando para você continuar fazendo o que você ama.


Essa foi a primeira problemática em relação ao meio cosplay, em outro momento compartilho com vocês outro texto que fiz em conjunto com uma amiga, também na graduação de Museologia.

Publicado por Noka

23 anos, Carioca, cosplayer guia de turismo e estudante de Museologia.

Cosplay? O que é isso?


Cosplay? O que é isso?


              Para quem não sabe, sou estudante na graduação de Museologia pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), no primeiro período (Segundo semestre de 2015) eu produzi um texto para a disciplina de Introdução à Filosofia. Eu tenho o hábito de levar coisas da minha vida para o espaço acadêmico, dando visibilidade a temas que não são explorados com facilidade.
Eu tenho diversos hobbies e um deles é fazer cosplay! Nunca ouviu falar nisso? Então prepara que tem um pouco de história pra te contar!




              A história do cosplay, ao contrário do que muitos pensam, não nasceu no Japão e muito menos era chamado por esse termo. Originalmente conhecido como “masquerade“, está ligada à história das convenções de ficção científica nos Estados Unidos da América. O primeiro cosplay conhecido foi criado por Forrest J. Ackerman em 1939 durante a 1ª World Science Fiction Convention(Worldcon), em New York(USA), na companhia de Myrtle R. Douglas. Ele apareceu no evento com um traje que ele denominou como “futurecostume”, e Myrtle com uma versão do vestido do filme “Things to Come”(1936).  A repercussão foi tanta que no ano seguinte diversas pessoas apareceram à convenção em trajes de ficção científica, mudando a forma que as convenções do gênero para sempre.


              Os primeiros cosplays de mangás (Revista em quadrinhos japonesas) e animes (Desenhos japoneses) são datados a partir dos anos 70 nos EUA. A nova febre chegou no Japão apenas na década de 80, por influência de Nobuyuki Takahashi, que ficou impressionado com pessoas vestidas como personagens das histórias ao visitar o Wordcon. Com a popularização dos animes nos anos 90, a febre começou a ganhar força internacional em todo o mundo. Com isto, o cosplay japonês tornou-se extremamente popular, tornando-se referencia no meio. Os anos foram se passando, e cada vez mais, a prática de se vestir como seu personagem preferido foi crescendo. Com isto, as convenções ou feiras de jogos e desenhos começaram a se tornar o lar para cosplayers, o local onde você pode ser quem você quiser, onde o faz de conta acontece.

              Por mais que existam relatos de pessoas fantasiadas em convenções de “Jornada nas Estrelas” (Star Trek) em na década de 80, e em encontros de jogadores de “RPG” (Role-playing game) em 1994, acredita-se o hobby só chegou em território nacional com a primeira convenção de animes no país, a MangáCon, em 13 de outubro de 1996, na cidade de São Paulo. Realizado pela ABRADEMI – Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, o primeiro evento do gênero em toda a América do Sul, é considerado o início inicial do cosplay no Brasil, sendo o o primeiro a ter um desfile cosplay, momento do evento em que diversos cosplayers competem para descobrir quem se caracterizou mais fielmente. 
Wolverine do Amazonas

Ao longo dos anos e da difusão da informação a prática do cosplay virou febre em todos o território. Infelizmente, a MangáCon foi realizada até os anos 2.000.


              O cosplay começou com o pensamento de “faça você mesmo” (DIY – Do it yourself), em que a pessoa deveria ser a responsável por toda a confecção, desde a roupa até os acessórios. Com a dificuldade, falta de tempo ou espaço para reproduzir algumas peças, os cosplayers começaram a encomendar peças ou até mesmo cenários das apresentação para artesãos ou costureiras, ou até mesmo em lojas especializadas no ramo, conhecidas como Cosplay Stores, com isto temos o termo cosmaker introduzido na segmentação do cosplay.
Wolverine do Amazonas


 Cosmaker é o termo utilizado para pessoas que trabalham com a confecção de peças ou de todo o conjunto, mas ao contrário das Cosplay Stores, são pessoas (Muitas vezes cosplayers) que com a prática e maestria, foram contratadas para confeccionar os materiais para os demais.





              Engana-se quem pensa que cosplay é coisa de criança, existe um verdadeiro mercado por trás de tudo isto. Pessoas especializadas em importações de materiais e principalmente perucas(Também chamadas de “wig“), pessoas que estilizam as perucas, fotógrafos preparados, editores de foto e vídeo e até mesmo técnicos para recriar itens que necessitam de alguma mecânica, como asas que se movem sozinhas ou armas com feches de luz. E com a grande procura e o sonho pela perfeição, até mesmo impressas começaram a investir no meio, produzindo produtos em larga escala como lentes de contato.
Wolverine do Amazonas

Nos anos 2.000, com a difusão da internet em todo o globo, sites especializados como “Arquivo Cosplay Brasil” e “Cosplay Party Br” começaram a ser criados, hoje ambos são apenas um, o “Cosplay Brasil“. Um site onde se pode encontrar diversas informações sobre os eventos, que cada vez mais, se tornaram frequentes pelo país, principalmente nas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
Wolverine do Amazonas

Nessas duas grandes cidades temos os famosos eventos “Anime Friends“(SP) e “Anime Family“(RJ), considerados um dos principais em cada estado. Com a expansão de eventos, informação transmitida pela internet e o espírito competitivo, foi criado o Yamato “Cosplay Club“(YCC), o maior concurso de cosplay do Brasil, em que diversos competidores(Selecionados em eventos menores nas cidades de todo o país), disputam para descobrir quem é o campeão nacional, e, ter a entrada para o concurso mundial de cosplay!





              O “World Cosplay Summit“(WCS), campeonato mundial de cosplay, que acontece no Japão. De sua criação(2003) até o ano 2013, o evento era organizado pela TV Aicha, mas, desde 2014 o WCS tornou-se independente e passou a realizar eventos relacionados ao universo otaku (Voltados aos animes, mangás e jogos japoneses). Apenas acrescentando e direcionando o evento em si, uma vez que o formato do campeonato permanece o mesmo.              Inicialmente o evento contava com apenas 4 países participantes, Alemanha, França, Itália e Japão. Com o passar dos anos mais países começaram a participar, e hoje, com mais de 15 países na lista de participantes. O Brasil foi inserido no evento mundial apenas em 2006, mesmo ano em que levou sua primeira vitória para casa. Atualmente, o Brasil é o detentor de mais títulos, sendo tricampeão mundial(2006, 2008 e 2011).

Bem, é isso! É aproximadamente metade do texto que escrevi, a outra metade eu levanto algumas problemáticas que depois conto pra vocês. Bele? HAHAHA

Publicado por Noka

23 anos, Carioca, cosplayer guia de turismo e estudante de Museologia.